quinta-feira, 5 de março de 2009

Às "Mulheres de Fibra" da AMIC - 08/03


Dia Internacional da Mulher

Por Lucia Helena Santos
As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.
Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.
Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.
Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.
Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.
Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.
Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano .
Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.
Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza e admiram a dádiva que é ser mulher!


Com os votos e saudações
Rodrigo Gomes
Presidente da AMIC

terça-feira, 3 de março de 2009

CACHOEIRA SEM CONFETE, SEM SERPENTINA...

Alex Bohrer

A quase destruição do Cruzeiro de Pedra da Praça da Matriz foi somente um indício do que está acontecendo com Cachoeira do Campo. O carnaval de 2009 foi uma triste festa. Ou melhor: “quase” foi uma triste festa, senão fosse a obstinação dos nossos heróicos blocos carnavalescos, herdeiros de uma época sem abadás e grande shows. Cachoeira é terra da música, das bandas mais tradicionais do estado, lugar de tantos carnavais memoráveis, dos antigos entrudos e bailes caricatos. Escutar rock, forró, funk e sertanejo em pleno carnaval é lamentável. Não tenho nada contra essas manifestações musicais, absolutamente nada contra! Se o poder público quer incentivar grupos locais, excelente! Merece palmas e palmas, pois aqui há lugar para todos os ritmos. Todavia, isto que passou se chama CARNAVAL. Quem se aventurou a passar algumas horas na Praça deve ter estranhado: onde estavam as marchinhas? Carnaval em Minas sem marchinhas? Santa paciência... E se alguém argumentar: “o que fizemos foi adequar essa festa ao gosto moderno, pois nada pode ficar engessado na História” - como historiador, posso até tentar entender. Mas, e os nossos idosos? Não podem mais ver e pular esta folia? Mais um argumento: Enquanto algumas cidades históricas mineiras coíbem músicas que não condizem com a Festa de Momo, em Cachoeira elas passam a ser as atrações principais e a marchinhas (pasmem!), exceções na programação. Me pergunto, por quê? Cachoeira não é Minas? Ou não é histórica?

Ruas enfeitadas? Confetes? Serpentinas? Nada. Somente um palco negro marcava o luto da festa. Teve gente que ousou falar neste palco o que estava entalado em muitas gargantas: “não somos a sobra do carnaval de Ouro Preto”, exigimos respeito!

Mas, de quem foi a culpa deste carnaval sem confetes? Seria muita acomodação culpar somente o poder público. A culpa é também minha e sua, caro leitor. A culpa é da sociedade civil que não se organiza e organiza suas reivindicações. A culpa é de todos nós. Onde o poder público falha ou se omite, tem que entrar a sociedade civil organizada a argumentar, a cobrar conscientemente. Nada cai do céu de mão beijada: se queremos falar é preciso ensinar os outros a nos ouvir.

Há males que vêm para bem, velho e certeiro ditado. O Cruzeiro de Pedra e nosso carnaval são a ponta de um imenso iceberg de problemas que assolam Cachoeira. Que sejam então alavanca para a criação de um grande movimento em prol do nosso distrito! Em breve, a AMIC difundirá um comunicado para uma reunião de associações e entidades. Queremos lançar um projeto abrangente e unificado, que aponte conscientemente nossos problemas e que sugira soluções. A união faz a força!

“Se o nosso carnaval fosse sempre assim, ninguém precisava sair de Cachoeira”, escutei o folião falar ao ver passar um animado bloco com os velhos e queridos bonecões. Então, querem uma solução? Invistam nas bandas locais (a de Cima e a de Baixo)! Tenho certeza que dariam o melhor de si e recolocariam Cachoeira (cheia de confete e serpentina) na rota do carnaval mineiro.