sexta-feira, 28 de maio de 2010

CASA DA ÓPERA DE VILA RICA- 240 ANOS DE HISTÓRIA

Patrimônio Cultural da Humanidade, Ouro Preto tem no biênio  2010/2011 grandes datas a celebrar. Os preparativos para as comemorações dos 313 anos de fundação e 300 anos de elevação à categoria de vila, cujo auge acontecerá em 08 de julho de 2011, já começaram. Mas o dia 06 de junho de 2010 é também um marco na história desta cidade tricentenária quando o Teatro Municipal de Ouro Preto completa 240 anos.

Escolhida por ser a data de aniversário do Rei Dom José I, um amante do teatro lírico, foi no dia 06 de junho de 1770 que se deu a inauguração da Casa da Ópera de Vila Rica, teatro mais antigo das Américas em funcionamento.

Artistas vindos de várias regiões do Brasil, principalmente do Rio de Janeiro, encenaram no palco da Casa da Ópera. Mas o aclamado prédio passou por períodos difíceis. Em 1854, uma Lei Provincial autorizava a construção de um novo teatro na Imperial Cidade de Ouro Preto. Enquanto isso, o prédio construído por João de Souza Lisboa necessitava de reformas imediatas, e que só foram realizadas porque construir um novo prédio seria muito dispendioso.

Assim, o Governo Provincial repassou recursos para a Sociedade Dramática local, que ficou responsável pela reforma do prédio, concluída em 1862. Em 1970, a Casa da Ópera completou 200 anos. Sete anos depois, outra grande reforma foi necessária. Durante a intervenção de 1977, foram descobertas, acima da boca de cena, as pinturas das mascaras da tragédia e da comédia. Supõe-se que essas pinturas tenham sido feitas entre 1854- 1862.

Anos depois, uma nova intervenção foi necessária e em 2006, a Prefeitura de Ouro Preto, com apoio da Unesco, do IPHAN e do programa Monumenta/MINC restaura novamente todo o prédio, sendo necessário, inclusive, a troca de mobiliário, cortinado e adequação dos camarins, com a instalação de espelhos e barras na sala de ensaios. Em 07 de julho de 2007 a Casa da Ópera foi reaberta ao público e retornou com sua extensa agenda de espetáculos.

Manter em funcionamento um espaço que, além de ser um monumento histórico é também um dos mais procurados teatros de Minas Gerais não é uma tarefa fácil. O prédio, que foi adquirido pelo município e hoje é conhecido como Casa da Ópera/Teatro Municipal de Ouro Preto abriga não só platéia, músicos e atores. Abriga, principalmente, traços importantes da nossa história e seu palco, mais que lugar do riso e da lágrima, é lugar sagrado da nossa arte e da nossa cultura e merece ser aplaudido de pé no seu aniversário de 240 anos.

Na oportunidade, temos o orgulho de homenagear os servidores Neide dos Reis e Vicente Gomes, funcionários que com extremo carinho e atenção dedicaram suas vidas à Casa da Ópera/Teatro Municipal, trabalhando com seriedade, afeto e alegria. Estendemos essa homenagem todos que, direta ou indiretamente, contribuem para a preservação deste bem e para a manutenção de suas atividades.

Convidamos a todos para que acompanhem a programação de aniversário da Casa da Ópera/Teatro Municipal de Ouro Preto, com espetáculos gratuitos para todas as idades.

Confira abaixo a Programação Especial e compareça! Você faz parte dessa história!

Texto: Sidnéa Santos (Diretora de Promoção Cultural/PMOP)

Programação Especial - 240 anos do Teatro Municipal Casa da Ópera

28/05 (sexta-feira)

19h - Conto Sete em Ponto: Fábulas de Esopo

Teatro Municipal Casa da Ópera

29/05 (sábado)

20h30min - Orquestra Ouro Preto

Teatro Municipal Casa da Ópera

30/05 (domingo)

18h - Espetáculo Infantil - Rádio Osquindô - Lunática Cia. de Teatro

Teatro Municipal Casa da Ópera

31/05 (segunda-feira)

15h - Espetáculo Ciranda de Flores- Cia. 3 Pontos

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

01/06 (terça-feira)

16h - Espetáculo Causos de Brasero - Estandarte Cia. de Teatro

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

02/06 (quarta-feira)

16h - Espetáculo Investiga Dança - Studio ID

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

20h - Show com o Grupo Viola de Folia

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

03/06 (quinta-feira)

20h - Show Geraldo Pessoa – voz e violão

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

04/06 sexta-feira

15h - Espetáculo O Carrinho – com o Palhaço Furreca

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

20h - Concerto de Piano com Paulinho Russo

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

05/06 (sábado)

20h - Espetáculo Rato do Subsolo - Grupo Resid[ê]ncia

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

22h - Sarau (Homenagem aos 240 anos da Casa da Ópera e ao Grupo Palco e Rua)

Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

06/06 (domingo)

15h - Desfile com a Escola de Samba Mirim Princesa Isabel – participação de Astrogildo Honório e convidados Saindo da Praça Tiradentes até a entrada da Casa da

Teatro Municipal Casa da Ópera

17h - Espetáculo O Pescador Mentiroso - Estandarte Cia. de Teatro -Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório- Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

18h - Entrega do troféu “Casa da Ópera 240 Anos” Abertura com Afonso Bretas (Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

19h - Show com o Grupo Viola de Folia - Abertura com Afonso Bretas(Astrogildo Honório - Mestre de Cerimônias)

Teatro Municipal Casa da Ópera

Apoio Cultural: www.guiacachoeiradocampo.com.br

quinta-feira, 27 de maio de 2010

EQUIPE DO PROGRAMA VIAÇÃO CIPÓ VISITA CACHOEIRA DO CAMPO

viacao_cipo A equipe do programa Viação Cipó da TV Alterosa esteve em Cachoeira do Campo, realizando as gravações para um programa inédito sobre este distrito histórico de Ouro Preto e palco de importantes episódios da história de Minas Gerais.

Toledo e sua equipe foram recebidos pela AMIC – Associação Cultural Amigos de Cachoeira do Campo, representada pelo presidente Rodrigo Gomes, o Diretor de Comunicação e Imprensa da AMIC e historiador Alex Bohrer e Nilson Almeida – Diretor de Eventos e Marketing da AMIC.

As gravações giraram em torno dos símbolos da histórica Cachoeira do Campo e suas curiosidades, as belezas naturais do Centro Dom Bosco e a culinária mineira.

Segundo a avaliação da AMIC, programas como o Viação Cipó, são importantes para mostrar aos telespectadores que Minas tem muitas riquezas culturais, ambientais e históricas que a mídia oficial não divulga e que são necessárias no processo de identificação do passado e das origens de nossa gente.

A produção do Viação Cipó prevê a exibição do programa entre os meses de julho e agosto de 2010. “É só ficarem atentos à programação!” como alerta o apresentador Otávio di Toledo.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rua Irmã Eunice Grossi

Por indicação da AMIC – Associação Cultural Amigos de Cachoeira do Campo, com o apoio dos moradores e das diretorias da União de Ex-Aluno(a)s das Filhas de Maria Auxiliadora e do INSA – Instituto Nossa Senhora Auxiliadora. Contando com o Projeto de Lei do Vereador Flávio Andrade, foi sancionada a Lei 554/2010, que dá a denominação a rua que encontra localizada no final da Rua Sete de Setembro e início da Rua Nossa Senhora Auxiliadora, á esquerda no sentido ao Palácio da Cachoeira.ir_eunice_grossi_thumb[2]

 

Neste ano de 2010, no dia 07 de março, fez-se memória aos dez anos do falecimento da Ir. Eunice Grossi, que em muito ajudou a comunidade cachoeirense, principalmente aos mais pobres. Na rua que agora leva seu nome, ajudou a construir casa aos desabrigados. Com a denominação da rua com seu nome, esperamos tomá-la sempre como exemplo de quem se dedicou ao próximo, a arte e a fé.

domingo, 23 de maio de 2010

24 DE MAIO - DIA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA

A devoção de Nossa Senhora Auxiliadora tomou novo incremento na auxiliadora sp igreja Católica devido principalmente ao grande Santo dos nossos dias, São João Bosco, que deu a Deus e a Igreja duas congregações: A Pia Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos) e a das Filhas de Maria Auxiliadora, ambas destinadas à educação cristã da mocidade, e pregação do Reino de Deus entre os pagãos, à caridade de Cristo em suas diversas modalidades. Ambas trabalham e se santificam sob a égide de Maria Auxiliadora, a cuja intercessão São João Bosco atribuiu sua vocação sacerdotal e missionária, e cuja devoção legou às suas instituições como um penhor preciosíssimo e providencial de santificação e proteção divina.

A Festa de Nossa Senhora Auxiliadora é celebrada dia 24 de Maio, e entre os salesianos, todos os dias 24 de cada mês

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA AUXILIADORA

(Composta por São João Bosco)

1148486400 “Ó Maria, Virgem poderosa, Tu, grande e ilustre defensora da Igreja;

Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos; Tu, terrível como exército ordenado em ordem de batalha

Tu, que só, destruíste toda heresia em todo o mundo: Ah! Nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo; e, na hora da morte, acolhe a nossa alma no Paraíso.

Amém.”

Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós!

Cachoeira perde "Seu” Silvio Xavier!!!

Faleceu neste último dia 22 de Maio, o Sr. Silvio Xavier; antigo comerciante cachoeirense, amigo da comunidade e muito querido pela AMIC – Associação Cultural Amigos de Cachoeira do Campo.

silvioxavier Silvio Ferreira Xavier nasceu em Cachoeira do Campo em 30 de julho de 1917, filho de Joaquim Ferreira Xavier - o seu Quinca - e Minervina Ferreira Xavier. "Meu pai fez o primeiro sistema público de água encanada de Cachoeira quando ele era vereador. Os tubos de ferro passavam aqui na frente [Rua Sete de Setembro] e iam pros chafarizes." Seu Silvio casou-se aos 25 anos com Maria de Lourdes Barbosa Xavier com quem teve 14 filhos, 3 dos quais faleceram ainda jovens. "Eu morava perto da casa dela. Aí nós começamos a namorar de longe. Um dia eu criei coragem e pedi ao pai dela a mão de sua filha. Ele era bonzinho e deixou." Aliás Cachoeira tinha seus pontos de encontro e lazer: "Era domingo depois da missa, todo mundo ficava passeando no adro e na praça. Os rapazes olhavam as moças de longe e depois, se elas correspondiam, falávamos que estávamos namorando!".

O trabalho e sua venda, a Casa Viúva Xavier

viuvaxavier O trabalho começava cedo. "Meu primeiro serviço era correr Cachoeira toda a pé para buscar ovos pra João Fiúza, que os despachava por trem pro Rio de Janeiro!" Aos poucos a modernidade começou a chegar. "O primeiro caminhão de Cachoeira foi nosso. Quando ele apontava lá no começo da ladeira [perto da Padaria D.Bosco] era uma festa! A meninada saia da escola e vinha correndo atrás dele. Era uma alegria só". Depois veio a eletricidade: "Aí compramos o primeiro rádio de Cachoeira [que ainda existe]. Era o maior alvoroço aqui na venda de tardinha, todo mundo escutando o programa do Compadre Belarmino [antigo programa da Rádio Inconfidência]. Ríamos bastante."

Alguns casos hoje parecem estranhos, pra não dizer cômicos: "Um dia uma vaca derrubou meu irmão e pisoteou ele todo, ele ficou muito machucado, ruim mesmo. A saída foi colocar ele numa padiola e levá-lo desse jeito até Ouro Preto passando aqui por cima [passando pelo Tombadouro e por São Bartolomeu!]. Foram correndo uns trinta homens! Quando os da frente cansavam, se revezavam. E assim foi até chegar a Ouro Preto. E meu irmão, mesmo sacolejando no trajeto, ficou são e salvo!" Outro caso interessante: "Tinha um freguês que não podia descuidar dele, sempre que podia enfiava a mão na gaveta e tirava dinheiro. Um dia resolvi lhe dar um susto: Armei uma ratoeira na gaveta! Não deu outra. Traaa! Peguei o gatuno!" Seu Silvio completa, "mas ele era exceção, o povo de Cachoeira sempre foi muito honesto". Sabe como se conservavam as bebidas geladas? "Punha as garrafas dentro de um caixote com serragem e sal, e elas ficavam fresquinhas, mas geladas mesmo não. Era nossa geladeira! E assim tomávamos nossa cerveja, mesmo um pouco salgada" brinca seu Silvio.

"Meu pai morreu quando eu era muito jovem. A venda, por isso, passou a se chamar Casa Viúva Xavier, homenagem a minha mãe que batalhou pra nos criar". A venda histórica "seu" Silvio herdou do pai, que por sua vez irá passá-la ao filho e este ao neto. Quatro gerações contando a história de Cachoeira! Quem vier passear na nossa terra não pode deixar de conhecer a venda do "seu" Silvio e nem deixar de prosear com seu simpático dono.

Após ser velado na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, da qual era vizinho e sua viúva D. Lourdes fora zeladora por muitos anos, seu corpo foi sepultado nesta manhã do dia 23 de Maio no Cemitério do Santíssimo Sacramento na Matriz de Nossa Senhora de Nazaré.

Nota: A sua viúva Dona Lourdes e aos filhos e netos, nossos sinceros sentimentos e a certeza de que os ensinamentos de Sr. Silvio Xavier ficarão para sempre nas páginas da história de nossa Cachoeira do Campo.

Rodrigo Gomes

Presidente da AMIC